deuses caíram dos céus
e ocuparam tua fala,
uns alongando o que miras,
- não foi preciso palavras -
o olhar transformado em barro
animou céus e diásporas
e criamos, e fizemos
intervenções ao que falta
fui eu quem juntei as cenas
e recuperei as páginas
o palco, feito em teu corpo,
dançou pedaços de fábula
e na igreja da Barroquinha,
deuses subiram em tua saia
a invasão, cataclismo,
couberam por onde andavas
e houve instante, parecia,
que era por sobre as águas
deuses couberam nas dobras
da flor que houve em tua lábia
Originalmente publicado no blog do escritor Astier Basílio http://nopalcodapalavra.blogspot.com.br/2012/09/blog-post.html